Mito: Querido leitor, não vou te enrolar e você não precisa ler esse texto na íntegra se estiver sem saco. A resposta é não. Acontece que a ideia do amor romântico é impregnada em nossas mentes desde a primeira lufada de ar que botamos nos pulmões. Somos ensinados desde crianças, seja via exemplos ou frases feitas, que""""toda panela tem sua tampa"""" . Insistindo no clichê: ignora-se a existência das (frigideiras).
De modo geral, a utopia do amor romântico é prejudicial para todo e qualquer ser humano, mas ainda não é aí onde eu quero chegar. Pensa comigo: se já é de um sofrimento inigualável passar a vidaà procura do parceiro perfeito (spoiler alert: ele não existe), imagina só como fica a cabecinha de quem, além disso, não se enquadra aos padrões hegemônicos de beleza e comportamento aceitos pela sociedade?
O negro, a gorda, a bicha afeminada, aquele rapaz de (cabelo ruim [sic]). A baixinha, o esquisito e o deficiente. O pobre, o mal vestido, a moça peluda. Ou tantos outros dentre os inúmeros exemplos possíveis, já que a caixinha da normatividade de beleza costuma ser bem pequenininha. Entrando rapidinho numa seara ainda mais problemática, o mito do amor romântico é uma potente ferramenta de opressão.
O conceito de amor é complexo, abstrato e, tal qual não poderia deixar de ser """" - já que envolve a relação entre seres humanos """" -, é orgânico e mutável. Em suma, significa dizer que não tem fórmula, não tem receita, deve ser vivido de maneira individual e, principalmente, não é obrigatório!
Fonte: Correio de uberlandia