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16 de Maio de 2016

Sou a prova de que podemos ir bem longe, diz portador de Síndrome de Down

Este seminário é muito importante para que a gente tenha oportunidade de demonstrar nossas habilidades, é preciso dar as mãos e caminharmos juntos"""" , frisou Bruno Ribeiro, portador de síndrome de down e palestrante da 2ª edição do Seminário alagoano de Síndrome de Down realizado desde a última quinta-feira (11) em Maceió. Bruno que tem 24 anos e é turismólogo, trabalha há pouco mais de um ano na Empetur """" - Empresa de Turismo de Pernambuco, ele ressaltou a importância do evento no sentido de desmistificar o mito de que as pessoas com Síndrome de Down não podem viver de forma produtiva. (Sou a prova viva de que com acompanhamento e paciência podemos adequar nossas dificuldades e irmos bem longe), disse. Mas, ressalvou que não adianta ter acompanhamento sem garantir espaço para a execução. (Sei que damos um pouco de trabalho aos professores, que na maioria dos casos não são capacitados para nos ensinar, mas com jeitinho e nos orientando, passando o assunto mais mastigado para que a gente possa aprender, conseguimos. Tem também que facilitar o espaço para tirar nossas dúvidas), destacou Bruno Ribeiro. Eliane de Souza Pacote é mãe de Aaron Sales Pacote, de 17 anos. Ela lembrou durante a entrevista que a principal dificuldade das pessoas com Síndrome de Down está na apraxia da fala na infância. (Até hoje temos dificuldade de encontrar profissionais especializados no acompanhamento e tratamento do problema que atinge a fala, e consequentemente a leitura e a escrita. A mídia tem dado atenção e garantido visibilidade para que o assunto seja mais discutido e agradeço muito pela iniciativa. Este seminário é de fundamental importância e tem cara de congresso. Estão de parabéns. Os profissionais me surpreenderam pela riqueza de conhecimento sobre o assunto. São gabaritados e capacitados para tal), salientou. (Até hoje tenho dificuldade de encontrar escola que inclua meu filho, e não é somente na educação, também médicos capacitados para entender o que é a Síndrome de Down), desabafou. Professor que abraça a causa consegue vencer Para a diretora pedagógica do Programa de Apoio e Inclusão Escolar (Paie), Maria Emília Paiva, que ministrou a palestra (Adaptações Curriculares para pessoas com Síndrome de Down), o professor que abraça a causa consegue vencer e faz as adaptações sugeridas nas escolas. (Os alunos recebem apoios especializados durante duas horas por dia. A primeira pergunta a ser feita é como e quando aprender? O professor tem que estar pronto para fazer aprender com recursos necessários, isto é, materiais diferentes para que a atividade aconteça. Algumas considerações importantes devem ser feitas para essa adaptação curricular como, por exemplo, a mãe desse aluno, para que as coisas comecem a acontecer), explicou. (Sentar com os coordenadores e discutir esse acompanhamento, selecionar e trabalhar o conteúdo. É importante também dar espaço para que eles falem também), destacou. A presidente da Associação Amor 21 (O amor não conta cromossomos), Neila Sabino, idealizadora do evento, enfatizou que o seminário está sendo um sucesso desde a última quinta-feira e segue até este sábado (14). De acordo com ela, os dias trouxeram discussões centrais e segmentadas tratando dos direitos desses cidadãos, bem como da dificuldade de aprendizagem, educação inclusiva (adaptações curricular) e saúde, entre outros temas totalizando 18 palestras. Neila Sabino disse que a previsão é de que em todo o Estado de Alagoas quatro mil pessoas tenham Síndrome de Down, 1.200 só na capital alagoana.""""Essas pessoas são deixadas de lado pela dificuldade de desenvolvimento e pelo preconceito, pessoas que não tiveram ferramentas de estimulo, embora tenham potencial. Estamos longe do ideal, mas no início após a aprovação da Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência (13.146/15) em janeiro deste ano, que exclui também a cobrança de taxa extra e matrícula para essas pessoas"""" , detalhou. Para finalizar, Neila Sabino frisou que o professor normalmente não se sente capaz de ensinar a uma pessoa com deficiência, mas a instituição tem a obrigação de atender a qualquer aluno, dando capacitação e estrutura para que o docente ensine com muito cuidado e carinho. A SÍNDROME DE DOWN A trissomia 21, a chamada Síndrome de Down, é uma condição cromossômica causada por um cromossomo extra no par 21. Crianças e jovens portadores da síndrome têm características físicas semelhantes e estão sujeitos a algumas doenças. Embora apresentem deficiências intelectuais e de aprendizado, são pessoas com personalidade única, que estabelecem boa comunicação e também são sensíveis e interessantes. Quase sempre o""""grau""""  de acometimento dos sintomas é inversamente proporcional ao estímulo dado a essas crianças durante a infância. Normalmente, os humanos apresentam em suas células 46 cromossomos, que vem em 23 pares. Crianças portadoras da Síndrome de Down têm 47 cromossomos, pois têm três cópias do cromossomo 21, ao invés de duas. O que esta cópia extra de cromossomo provocará no organismo varia de acordo com a extensão dessa cópia, da genética familiar da criança, além de fatores ambientais e outras probabilidades.

Fonte: R7

Deficiente Saúdavel Mito ou Verdade

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