Aguarde...

19 de Setembro de 2016

Tecnologia transforma deficientes em atletas de alto rendimento

Nesta Paralimpíada, os atletas tiveram uma ajuda importante na conquista das medalhas: a tecnologia. Não foi automático. Foi preciso um tempo para que Renato passasse da tristeza causada pela amputação, para a glória de ser um vencedor. Ele sofreu um acidente de trabalho há 12 anos: ficou sem o pé esquerdo e uma parte da canela. A medalha de prata do revezamento 4 por 100 mostra que isso é assunto do passado. (Eu digo para as pessoas que eu não perdi, eu só ganhei), disse Renato. O tempo não seria suficiente para transformar pessoas amputadas em atletas de alto rendimento se não fosse a tecnologia. É ela que complementa o corpo, dá prosseguimento aos sonhos e muda o rumo e o sentido da vida dessas pessoas. Durante a Paralimpíada foi um desfile de próteses poderosas. Liam Malone, neozelandês, não tem as duas pernas e deixa todo mundo para trás nas pistas de corrida. As próteses dele são de fibra de carbono, o material mais moderno, resistente e flexível. É o mesmo modelo da prótese que Renato usa para correr. (Ela tem o formato da pata traseira de um guepardo, que é um dos animais mais velozes que existem), explica ele. O mais impressionante é a conexão dessas próteses com o cérebro. Os atletas dizem que o comando que recebem é o mesmo de antes da amputação. (O cérebro diz, corra, e eu obedeço), conta Malone. E Renato continua com sensações no pé que ele perdeu: (Quando eu vou lavar alguma coisa em casa, lavar garagem, lavar carro, eu sinto meu pé molhado). A neurologia explica porque o cérebro não faz distinção entre a prótese e a perna original. (A prótese funciona como se fosse uma nova peça do quebra-cabeça, que é encaixada na periferia, mas que é reconhecida pelo sistema nervoso central como um novo membro e com um mecanismo de readaptação. A prótese funciona como um substituto do membro. E, como substituto do membro, ela continua enviando informações e continua estimulando seu cérebro), explicou o neurologista da UFRJ Flávio Henrique Costa. Se o resultado é bom, só falta ser acessível a todos. A prótese mais moderna e eficaz é importada, e custa entre R$ 15 mil e R$ 30 mil. As duas pernas de Liam Malone foram compradas com ajuda de amigos. Aumentar o acesso de atletas a equipamentos de alto rendimento é hoje um grande desafio. (Acredito que o número de pessoas que gostariam de estar fazendo o que eu faço é muito grande. A gente lamenta muito isso. Lamenta muito e gostaria muito que tivesse um olhar mais sensível para esse tipo de causa porque é recuperar um ser humano), afirma Renato.

Fonte: G1.com

Deficiente Saúdavel Você Sabia

Compartilhe essa notícia

SEDE CEJAM

Rua Dr. Lund,41, Liberdade, São Paulo, 01513-020
(11) 3469 - 1818

INSTITUTO CEJAM

Rua Dr. Lund, 41, Liberdade, São Paulo, 01513-020
(11) 3469 - 1818

Prevenir é viver com qualidade!

O CEJAM quer ouvir você!
O CEJAM quer ouvir você!
Fechar
Escolha o que deseja fazer...
Informação
Denúncias
Elogio
Reclamação
Solicitação
Sugestão
Escolha uma opção...
Colaborador
Paciente
Ética, Complaice e Governça
Proteção de Dados-DPO
Redirecionando...
Voltar...
Contate a equipe de
Proteção de Dados (DPO) do CEJAM
Clique para enviar um e-mail.