UFRA inscreve cães domésticos para atuarem na terapia de deficientes

A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em Belém, está com inscrições abertas para que cães domésticos atuem como co-terapeutas no projeto EntreLaço, que atua na área de Atividades e Terapias Assistidas por Animais (TAA), voltadas para deficientes. De acordo com a coordenação, os interessados podem inscrever os animais até o próximo dia 31 de julho ou até que sejam selecionados 30 cães, por meio do e-mail [email protected] .Serão selecionados animais com idade de um a cinco anos, que receberão treinamento específico para o trabalho. É a primeira vez que o projeto trabalhará com cães de famílias, já que antes eram utilizados animais abandonados ou cachorros treinados pela Polícia Militar. O objetivo é oferecer uma oportunidade aos animais e aos praticantes do projeto, pessoas a partir de 15 anos com diversos tipos de deficiência, que poderão participar de atividades com fins terapêuticos, educacionais e motivacionais auxiliadas pelos novos cães. Seleção O processo de seleção é feito ao longo de quatro meses, com início em agosto. Após a inscrição, a família do cão deverá responder a um questionário a partir do qual a equipe do projeto fará uma primeira triagem. A coordenação do projeto pede para que as famílias tenham uma certa disponibilidade de tempo para trazer o animal e, em eventualmente, participar de algumas atividades. Segundo a coordenadora, a ideia é que cada animal trabalhe uma vez por semana, nunca ultrapassando o máximo de duas vezes, para evitar prejuízos ao cão, tais como cansaço e estresse. Os testes serão feitos em três etapas: na primeira fase serão aplicados em casa, na presença da família; em seguida, haverá testes na UFTA, aplicados em dois ambientes diferentes; e, finalmente, a terceira etapa será feita em espaço público, com outros animais. (A ideia é que a gente possa classificar esses animais de acordo com a aptidão deles. Talvez alguns não possam fazer coisas muito complexas, mas possam fazer outras mais simples), explica a médica veterinária Fernanda Hatano, coordenadora do projeto. Ela destaca, ainda, que não é necessário ser um cão de raça, já que será levado em consideração o comportamento do animal, assim como a sanidade dele. Após os testes iniciais, os cães passarão por uma série de exames de saúde. Após a seleção, os novos cães co-terapeutas passarão por um treinamento realizado em parceria com uma empresa especializada em educação e treinamento de cachorros. Após alguns meses de treinamento, a previsão é que os animais comecem a trabalhar nas atividades do EntreLaço em fevereiro de 2017.

Fonte: G1.com

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